sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pântanos mal cheirosos!

Pântanos mal cheirosos!

O Mário Bochechas (entendam, Soares), veio a público afirmar-nos que não existe real censura às liberdades de expressão, da parte deste governo.

Sabem como é. Há-os, que consideram normal que se cale um Professor, uma jornalista, ou que se demita um director de canal de televisão, pelo simples facto de não lhes agradar o que vem a público. Por vezes, até lhes passa pela cabeça comprar o dito canal, com o único intuito de poderem censurar à vontade, as verdades que os possam prejudicar.

Também a Imprensa escrita, se encontrava na mira dessa promiscuidade política, que existiu entre o Presidente da PT e o nosso governo, donde o líder José Sócrates, seria o mais interessado. Através desse estratagema, tencionavam apoderar-se dos jornais com maior tiragem, no intuito de melhor filtrar os seus conteúdos e supostamente censurar, este ou aquele artigo.

«Se, se encontrassem na oposição, o PS e todos os esquerdistas, diriam que o Estado Novo, está de volta. Como é o PS, ninguém ousa dizer que é fascismo. Até o partido anarquista (BE), não diz grande coisa. «Faltou-lhe a voz!»

A estas tramas urdidas pelo Governo do PS, os Soares, os Marinhos Pintos e outros acérrimos socialistas como o Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, consideram legítima defesa, contra ataques pessoais. Ataques esses; justificados, argumentados e mesmo pormenorizados. Talvez sejam, defesas de elefantes.

(Olhem que o marfim é caríssimo. Que o diga o Mário Bochechas, pois ele parece que é entendido, nessas coisas das defesas desses animais, a quem matam para apenas aproveitar o marfim.)

Nestes últimos tempos, decidiram atacar directamente o semanário O Sol, porque este, ousou divulgar as escutas feitas por quem de direito. É que essas escutas, denunciavam algumas das trapaças praticadas pelo governo, no intuito de silenciarem o que tem vindo a público. Apoderar-se da Imprensa!

Para voltar aos problemas que me trazem por cá. O que nos está a valer, são algumas fugas de informação aqui ou ali, que nos vão informando sobre as maroscas urdidas pela baixa classe política, que governa ou antes; desgoverna o nosso país.

Se assim não fosse, ninguém saberia nada sobre escândalos como; o da pedofilia praticada por gentalha da classe alta média e mesmo políticos na Casa Pia, Freeport, Face Oculta, BPN, BPP, limitações à liberdade de expressão e muitos outros lamaçais. Tudo isso, seria imediatamente censurado e afastado das notícias, mas pior do que isso nem sequer chegariam a tribunal. Tudo seria abafado muito rapidamente. Os ricos e poderosos, seriam sempre protegidos desses escândalos.

Embora a nossa in-Justiça teime em não os fazer pagar, que pelo menos sejam atingidos pela lama na qual parece viver, uma boa parte da nossa classe política. Pântanos viscosos e mal cheirosos, sobre os quais, muito boa gente se apraz caminharem. Se para isso forem necessárias algumas fugas, que assim seja. O povo deve ser sempre informado, sobre aquilo que são os nossos políticos. Nós temos o direito de saber o que se passa, com aqueles que elegemos e os órgãos de informação, têm o dever de nos informar.

Enquanto o Presidente do Supremo, for da cor do Governo, enquanto o Procurador-geral da República, for da mesma cor e enquanto durar essa estratégia de os partidos infiltrarem nos processos jurídicos, magistrados assumidamente das mesmas cores, não haverá justiça e neste caso, a fuga de informação torna-se mesmo necessária. Neste momento em Portugal, eu não acredito na Justiça.

Se ficarmos à espera de que a Justiça nos informe, nunca mais saberemos o que se passa com os ricos ou poderosos. Justiça oculta!

Actualmente, o PS encontra-se em alvoroço e algumas vozes dentro do partido, já começam a pedir mais transparências na governação do País. Os outros, fazem como o Bochechas e dizem que tudo não passa de uma campanha para denegrir o chefe do Governo. O certo, é que o país se encontra não só em crise financeira, mas também, num caos moral.

O 1º Ministro e o Governo, com as suas tramóias limitam as liberdades, mas continuam a acusar a oposição, de procurar denegrir a imagem já bastante estragada deste Governo. Lata, não lhes falta.

Sócrates até se embrulha, nas explicações que tenta fazer passar para a Imprensa. Uma vez diz que não, outra vez diz que sim, mas…., e outras vezes diz, talvez. As explicações são tão evasivas, incompreensíveis e confusas, que ficamos todos ainda com mais dúvidas, depois das explicações que não explicam nada.

O Rui Pedro Soares, Presidente da PT, vem de se demitir (segundo ele) para não prejudicar a imagem da PT, mas também para melhor se poder defender. Já podia ter ido há muito mais tempo, antes de se ter obscuramente enrolado com o Governo. Se a nossa Justiça não se deixasse envolver em clubes partidários, tenho a certeza que justiça seria feita, neste e em todos os outros escandalosos casos, que envergonham o nosso País.

Claro que a interferência e o apoio do Mário Bochechas (ou, tripla queixada) ao estado de sítio em que se encontra a nossa Imprensa Áudio Visual e Escrita, é por consequência um ataque a toda e qualquer liberdade de expressão. Com esta sua opinião expressada publicamente, ele visa apenas, a agradecer o tacho que lhe deu o camarada RUI, com a cumplicidade do Governo na RTP.

Não se cansa, ganha algum e a continuar assim, ainda vai ganhar mais uma queixada. Ele faz o que fazem muitos outros, ex-políticos e ex-governantes. Acumula grandes reformas mas como ainda não lhe chega, os seus amigos encontraram-lhe mais esse tacho para ocupar esse pobre octogenário. Enquanto isso, mais de 2 milhões de pessoas, vivem abaixo do limiar da pobreza e esses sim, passam realmente fome.

É por isso, que ele defende os camaradas de partido. É por isso também, que ele não se ataca ao problema de acumulações de chorudas reformas, pois que desta situação ele também tira proveito.

Se as reformas lhes fossem cortadas enquanto continuassem no activo, tenho a certeza que esses privilegiados não procurariam emprego, até porque o que eles procuram, é só mais um tacho e que não dei-a muito trabalho. Ganham muito mais depois de reformados, do que alguma vez ganharam enquanto “trabalhavam”, pois que juntam várias e chorudas reformas e ainda por cima, continuam a tirar trabalho a outros que realmente precisam.

Por mais que procure, não consigo encontrar no meu vocabulário uma palavra assaz forte, que exprima a revolta que essas situações me provocam. Viram-se-me e reviram-se-me as tripas, ao ver essas injustiças no século 21.

Sem comentários:

Enviar um comentário