quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Dia dos namorados!


Dia dos namorados!

 

Desejo um bom dia dos namorados, principalmente para todos (as) aqueles (as) que estão verdadeiramente enamorados (as). Sejam felizes e vivam cada dia, como se fosse o último. Não só com Paixão, mas acima de tudo com muito Amor.

A Alegria da Felicidade assim como o ar quente, é sempre muito mais leve e aconchegante do que o ar frio da tristeza e infelicidade, e ajuda-nos a ultrapassar os obstáculos que obstruem o caminho que a ela conduz.

Sejam felizes todos os dias do ano e inovem no dia-a-dia para conservar o Amor. O calor da felicidade é salutar, enquanto que o frio da infelicidade é doentio.

Vivam alegres vivendo felizes e de preferência, duradouramente!

 

M. A. R. Da Silva

O que foi que me atraiu em ti?


Que queres que te diga, neste dia dos namorados? “O QUE FOI QUE ME ATRAIU EM TI?”

 

Aqui está um romance, que nasceu com Paixão e continuou com Amor!

De certeza que não foram os teus bens imobiliários ou financeiros, estudos superiores, seguir modas no trajar, usar joias vistosas e valiosas no intuito de atrair os olhares sobre ti ou ainda uma situação profissional de relevo. Se não tinhas fortuna pessoal ou para herdar, se as tuas como as minhas habilitações literárias se limitavam à 4ª classe, se trajavas discretamente, se eras uma pessoa linda que não precisava de artifícios para atrair as atenções, se trabalhavas como jornaleira no campo, que possuías tu de tão importante para me conquistar e subjugar ao teu encanto?

Sim, à parte os teus atributos físicos, que outro ou outros dotes naturais possuías tu, que me pudessem conquistar a esse ponto?                                                                                                                                                                             

A resposta, é simples e óbvia! Tinhas e tens muitas qualidades, daquelas que muitas pessoas bem-nascidas e bem-sucedidas na vida não têm.

Para além de uma carinha laroca e formas físicas atraentes, tinhas e isso sim, foi para mim muito mais importante; uma simplicidade cativante, humildade quanto basta, dignidade, humanidade, bondade e generosidade de sobra, atitudes e acções que faziam e continuam a fazer de ti uma pessoa muito especial aos meus olhos e para além dessas e outras qualidades, tinhas e ainda tens um SORRISO que continua a me embriagar de felicidade.

Tinhas e continuas a ter um interior fora do comum e um coração enorme em ouro maciço! És uma joia de valor incalculável e Preciosa, como o teu próprio nome. És o meu Diamante em bruto e a minha principal riqueza!

Ainda hoje, passados cerca de 44 anos continuo enamorado por ti, pois não só guardaste todas essas importantes qualidades mas como se não te bastassem, adquiriste mais algumas que aumentaram para além do Amor, a Admiração que sinto por ti.

Transformaste-te numa Esposa maravilhosa, numa Amiga atenciosa, numa Mãe sublime e também numa Avó babada.

Como vês, não foram só as tuas formas físicas mas e principalmente, as tuas qualidades interiores que me atraíram. Hoje mais do que nunca, tenho a certeza de que desde aquele abençoado dia 11 de Novembro de 1968 em que te encontrei no cinema Garrett (na Póvoa de Varzim), foste, és e continuarás a ser a NAMORADA COM QUE SONHEI!

AMO-TE!

 

Eternamente teu: M. A. R. Da Silva

 

Teu sorriso encantador

Que então me embriagou

Foi embriaguez de Amor

Que dentro de mim ficou

 

Foi teu sorriso d` então

Que primeiro me atingiu

Entrou-me no coração

Nunca mais de lá saiu

 

Como fiquei preso a ti

Agora para me vingar

Ficarás tu presa a mim

Nunca mais te vou deixar

 

É um castigo Querida

Não culpes meu coração

Entraste na minha vida

Provocaste uma Paixão

 

Espero que não lamentes

Continuando a sorrir

Mostrando que o que tu sentes

É o que eu estou a sentir

 

Continua a me mostrar

Sorriso para o qual vivo

Conseguiste-me algemar

Pois dele fiquei CATIVO!

 

Eternamente teu: M. A. R. Da Silva

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Aprendizagem!


Aprendizagem

Num dia de inverno!

 

Num “belo” e frio dia de inverno de 1985, de manhã cedo, enquanto inspecionava os trabalhos efectuados durante a noite finda nas estações do metropolitano da cidade de Lyon em França, fui interpelado na Estação Hotel de Ville, por duas jovens adolescentes bem vestidas e não parecendo minimamente necessitadas, que me pediram uma moeda. Olhando-as friamente nos olhos, respondi-lhes secamente que não dava dinheiro para comprar droga, mas que preferia oferecer-lhes um bom e quente pequeno-almoço. Elas recusaram e eu continuei o meu trabalho.

Passada cerca de meia hora, passei de novo por elas e mais uma vez elas me abordaram, mas desta vez para me perguntarem se a oferta do pequeno-almoço se mantinha. Eu respondi-lhes que sim. Cerca de dez minutos, depois, estávamos os três sentados bem ao quente no interior de um café, onde pedi um café para mim e deixei-lhes a escolha de pedirem o que quisessem. Elas pediram croissants quentes e meias-de-leite. Enquanto devoravam o pequeno-almoço tentei convencê-las a voltarem para casa, dizendo-lhes que aquela vida não era uma boa escolha para elas e que os familiares, estariam decerto muito preocupados.

Enquanto eu falava, elas foram parcas em palavras. Pouco ou nada disseram. De vez em quando anuíam com um gesto de cabeça, àquilo que eu dizia. Quando acabaram o pequeno-almoço, agradeceram-me a gentileza com um bisou (beijo na face) e foram-se embora. Olhando com atenção para elas, deduzia-se facilmente, que não se sentiam à vontade no papel que tentavam representar. O de potenciais, tóxico-dependentes.

Passaram-se vários meses e já durante o Verão, encontrava-me numa outra Estação do Metro, quando um homem acompanhado por uma jovem que não reconheci imediatamente, me dirigiu a palavra.

Apresentou-me a jovem adolescente como sua filha e disse-me que tinha sido ela mesma que tinha insistido com ele, para que viessem pessoalmente agradecer-me o que tinha feito por ela e pela amiga, no inverno passado. Ela abraçou-me e fez-me a bise, ao mesmo tempo que me dizia que duas horas depois daquele pequeno-almoço, elas já se encontravam as duas em casa dos pais. O pai agradeceu-me a gentileza do pequeno-almoço, mas principalmente os conselhos dispensados. Ainda me perguntou desajeitadamente quanto me devia pelo pequeno-almoço, mas eu respondi-lhe simplesmente que; se havia alguém neste caso que devia qualquer coisa, esse alguém seria eu pois que as jovens ao regressarem a casa, retribuíram-me duplamente. Ao dizer aquilo, eu sentia sinceramente que o que fiz foi simplesmente seguir os meus princípios e valores e que isso não tinha preço.

Quando eles se foram embora eu senti-me feliz e emocionado, por de alguma forma ter contribuído para o regresso a casa e ao bom caminho daquelas jovens. Afinal eu pensava que elas não me deram ouvidos e felizmente enganei-me.

Aprendi com esta pequena história da minha vida que; se dar de comer a quem tem fome é uma obrigação moral, dar bons conselhos é um dever do qual não nos devemos privar.

Fazer ou espalhar o bem deve ser um motivo de alegria, tanto para quem dá, como para quem recebe.

Foi esta atitude, nesta e noutras histórias da minha vida, que me fizeram crescer como ser-humano e que se deve única e exclusivamente, à educação que os meus Pais me incutiram enquanto jovem.

Não me deixaram rico, mas deixaram-me um grande legado humanitário. Saudosamente, Bem Hajam!

 

M. A. R. Da Silva

Raça maldita!


Raça maldita! 12/01/2013

Eu sou do tempo, em que as moedas de 1 escudo e a de 50 centavos eram ambas em prata e do quilo de bacalhau grande especial custar 18 escudos, o equivalente a 9 cêntimos actuais.

Também sou do tempo, onde as grandes obras públicas (como por exemplo; as pontes: Salazar em Lisboa, Arrábida no Porto e ponte móvel em Matosinhos) eram construídas, concluídas e inauguradas nas datas inicialmente previstas e os respectivos orçamentos iniciais, não sofriam a mínima alteração. Tanto os prazos como os orçamentos inicialmente estipulados, eram escrupulosamente respeitados.

Hoje, como todos sabemos, os prazos para as conclusões e inaugurações das estruturas prolongam-se indefinidamente (como se costuma dizer, “parecem as obras de Santa Engrácia”), e os orçamentos iniciais duplicam, triplicam e por vezes até quadruplicam alegremente e com uma facilidade e ligeireza estonteantes. Para o contribuinte, é de fazer a cabeça andar à roda!

Ainda sou do tempo, em que os ministros das obras públicas e afins (ministros do ambiente) no fim do mandato governamental, não se iam sentar (como hoje em dia acontece) em ricos cadeirões ofertados por empresas que foram favorecidas na adjudicação de grandes obras públicas, nem tão pouco abriam contas astronómicas em paraísos fiscais. Nem sequer iam esbanjar 15 mil euros mensais em Paris, como é o caso do MAIOR DE TODOS OS PINÓQUIOS depois que a Democracia existe! O Rei, Sócrates!

Naqueles velhos tempos de miséria, ninguém na Justiça ou na Política se reformava com 10 anos de trabalho e com apenas 42 anos de idade. Este, é o caso de Assunção Esteves, actual Presidente da Assembleia de República!

Também temos um caso ainda mais escandaloso!

O do poeta e político Manuel Alegre, que, com apenas um ano de presença na Rádio Difusão Portuguesa no início da Democracia, tem uma reforma ilícita (porque não trabalhou os anos necessários para tal) a módica soma de um pouco mais de 3200 euros mensais ×14 meses por ano. Uma autêntica ninharia!

Ontem mesmo dia 11, vim a saber pelos meios da Comunicação Social Áudio, Visual e Escrita, que uma autarca do Partido Comunista Português pede a sua reforma do poleiro onde se encontra, no intuito de se sentar num dos tais confortáveis cadeirões, daqueles a que venho de me referir! E a pouca vergonha, continua.

Gostaria de vos citar muitos outros casos do meu (e talvez do vosso) conhecimento, mas o meu frágil estômago começa a sentir náuseas e não me quero arriscar de despejar sobre o meu ecrã a comida que tão bem me soube, por causa de tanta gente sem escrúpulos.

Maldita raça. O meu estômago, não suporta gente dessa JAEZ. Fico doente!

 

M. A. R. Da Silva

Onde estais amigos?


Amizades Virtuais!

Venho por este simples meio, pedir a todas as minhas amizades virtuais (principalmente àquelas que tenham amizades no Facebook que habitam ou tenham habitado em Leça da Palmeira, durante os anos 58 a 65) que partilhem o conteúdo a seguir, pois há muito tempo que ando à procura de uns grandes amigos, sem algum resultado. Espero desta forma, encontrar alguém que me possa realmente informar sobre o paradeiro destes amigos do peito.

PS: Aqui vão algumas (poucas) informações, que talvez possam ajudar. Naquele tempo, o meu Pai era pescador em traineira e o pai do Luiz, era algarvio e pescador num arrastão (salvo erro), o Dulcinha.

Quanto ao Manuel Maria, numa das vezes que fui a Leça e visitei a Mãe dele, ela informou-me que ele tinha emigrado para a Suíça e que a esposa dele tinha falecido. Ele tinha uma irmã de Sua graça, Estrela. Do Tone, devo dizer que ele desde muito novo tocava muito bem gaita de boca ou harmónica. O seu forte, eram as canções do Conjunto Maria Albertina. Belos e felizes tempos!

AQUI VAI, A MENSAGEM QUE LHES DEDICO!

Onde estais amigos? Que saudades!

Sinto enormes saudades ao ponto de me doer o peito e sentir um aperto no coração, quando recordo os meus companheiros de juventude de há mais de cinquenta anos. Enquanto limpo algumas lágrimas de saudade que se desprendem dos meus olhos, revejo nostalgicamente em pensamento esse grupo de bons rapazes, nos quais eu me incluía e com os quais me entendia perfeitamente. Tudo boa rapaziada!

Não dá para explicar esse sentimento de vazio, cada vez que vindo de férias a Portugal e ia propositadamente de Vila do Conde até a Leça da Palmeira procurá-los e não os encontrava. Voltava para casa, inundado de uma enorme sensação de tristeza e frustração. Perdi-lhes completamente o rasto e com o avançar da idade, a esperança de os reencontrar torna-se a cada dia mais ténue. Não me conformo de ter perdido de vista, aqueles que marcaram pela positiva os melhores e mais felizes anos da minha juventude.

São marcas indeléveis e que me acompanharão para sempre.

Éramos apenas quatro, mas todos bons; o Luiz que nasceu no Marrocos e que residia numa rua paralela à minha, o Tone e o Manuel Maria, que habitavam na mesma rua que eu. A Rua dos Heróis de África junto ao Jardim do Corpo Santo, em Leça da Palmeira! Por vezes, tínhamos também a companhia do José Raposo que residia na mesma ilha de casas que eu e que trabalhava nessa altura, na Marina de Leça da Palmeira. Foi nessa rua que se formou esse grupo unido, que a vida, a profissão ou o destino acabou por separar. A maior parte do tempo, passávamos horas a fio na nossa rua a jogar à bola onde o nosso pior pecado (se é que podemos chamar de pecado a isso) era desrespeitar as leis em vigência naquele tempo.

Naquela época, Salazar tinha promulgado 2 Leis. Uma Lei que proibia de jogar à bola na rua e outra Lei, de andarmos pés descalços na via pública. Os nossos pais não obstante as dificuldades financeiras, foram obrigados a comprar calçado barato para nos calçar mas estávamos estritamente proibidos por eles, de jogar à bola com o calçado para não o estragar.

Se os nossos pais nos vissem jogar à bola com o calçado nos pés, levávamos um enxerto de porrada, mesmo ali na rua. Éramos crianças de 10, 12 ou 13 anos e o que mais gostávamos de fazer, era jogar à bola na rua quando o tempo nos permitia. Proibidos pelas leis, de jogar à bola e andar pés descalços e por outro lado proibidos pelos nossos pais de jogar calçados, só nos restava uma solução. Infringir essas Leis que nos impediam de ser crianças! Quando queríamos jogar á bola, deixávamos o calçado em casa e toca a jogar.

O problema dessa Lei, foi que Salazar para que as leis fossem respeitadas, implementou multas que iam dos 9$30 até 80$50 (demasiado pesadas para os parcos recursos de famílias numerosas e carenciadas) tendo acompanhado essas medidas, com o envio de agentes de Polícia à paisana (sem farda) e de bicicleta para a caça à multa, no intuito de caçar algum infractor que serviria de exemplo para os outros. Isso na realidade, não nos impediu de jogar à bola.

Quando chegava o Agente da PSP, começava o CIRCO.

Ele chegava sempre pela rua transversal à Rua dos Heróis de África, junto ao Jardim do Corpo Santo. O primeiro a vê-lo, advertia os outros gritando. Como éramos 4, íamos imediatamente 2 para cada passeio. O agente partia sempre do Jardim em direcção à praia e como íamos 2 para cada passeio, 2 de entre nós corriam em direcção do Jardim onde subiam as escadas, enquanto os outros 2 eram perseguidos na direcção da praia. Como o agente circulava no asfalto com a sua bicicleta, ia-se aproximando de nós e quando ele se aproximasse demais e pensava ter-nos alcançado, nós dávamos uma volta de 180 graus e começávamos desta feita a correr na direcção do Jardim, enquanto o agente continuava embalado na direcção oposta.  

Quando o agente conseguia meter-se de novo no nosso encalço, já nós nos encontrávamos praticamente em cima do Jardim e fora do seu alcance. É que o Jardim do Corpo Santo, se situava num pequeno monte inacessível aos ciclistas. Chegava a ter pena do agente!

Também brincávamos muitas vezes sobre a relva desse mesmo jardim. Na força do Verão, íamos nadar numa praia no interior do porto de Leixões, que se situava junto ao molhe Norte logo a seguir ao cais que delimitava a Marina de Leça.

Recordo-me como se fosse hoje, que depois de termos concluído a 4ª classe no ano lectivo de 59/60, eu e o Manuel Maria íamos apanhar o carro eléctrico ao lado do Mercado Municipal de Matosinhos onde se situava o términos do mesmo, para irmos até à Rotunda da Boavista e depois seguirmos a pé até à obra, onde éramos moços aprendizes de Trolha. Éramos todos descendentes de famílias humildes mas honradas e que nos educavam de forma a não prejudicarmos os outros.

Amigos como já não se fazem. Com cerca de 18 anos mudei-me para as Caxinas com malas e bagagens, juntamente com os meus pais e irmãos e perdemo-nos de vista. Se alguém me puder informar pelo Facebook sobre o paradeiro desses três mosqueteiros, ser-lhe-ia eternamente grato pelo gesto. Antecipadamente, agradeço qualquer informação que possa contribuir para um eventual reencontro dos companheiros desencontrados. Fico à espera!

Manuel Agonia Rodrigues da Silva, filho do Ti-Zé Brasileiro