Raça maldita! 12/01/2013
Eu sou do tempo, em que as moedas
de 1 escudo e a de 50 centavos eram ambas em prata e do quilo de bacalhau
grande especial custar 18 escudos, o equivalente a 9 cêntimos actuais.
Também sou do tempo, onde as
grandes obras públicas (como por exemplo; as pontes: Salazar em Lisboa,
Arrábida no Porto e ponte móvel em Matosinhos) eram construídas, concluídas e
inauguradas nas datas inicialmente previstas e os respectivos orçamentos
iniciais, não sofriam a mínima alteração. Tanto os prazos como os orçamentos
inicialmente estipulados, eram escrupulosamente respeitados.
Hoje, como todos sabemos, os
prazos para as conclusões e inaugurações das estruturas prolongam-se
indefinidamente (como se costuma dizer, “parecem as obras de Santa Engrácia”),
e os orçamentos iniciais duplicam, triplicam e por vezes até quadruplicam alegremente
e com uma facilidade e ligeireza estonteantes. Para o contribuinte, é de fazer
a cabeça andar à roda!
Ainda sou do tempo, em que os ministros
das obras públicas e afins (ministros do ambiente) no fim do mandato
governamental, não se iam sentar (como hoje em dia acontece) em ricos cadeirões
ofertados por empresas que foram favorecidas na adjudicação de grandes obras
públicas, nem tão pouco abriam contas astronómicas em paraísos fiscais. Nem
sequer iam esbanjar 15 mil euros mensais em Paris, como é o caso do MAIOR DE
TODOS OS PINÓQUIOS depois que a Democracia existe! O Rei, Sócrates!
Naqueles velhos tempos de
miséria, ninguém na Justiça ou na Política se reformava com 10 anos de trabalho
e com apenas 42 anos de idade. Este, é o caso de Assunção Esteves, actual Presidente
da Assembleia de República!
Também temos um caso ainda mais
escandaloso!
O do poeta e político Manuel
Alegre, que, com apenas um ano de presença na Rádio Difusão Portuguesa no
início da Democracia, tem uma reforma ilícita (porque não trabalhou os anos
necessários para tal) a módica soma de um pouco mais de 3200 euros mensais ×14
meses por ano. Uma autêntica ninharia!
Ontem mesmo dia 11, vim a saber
pelos meios da Comunicação Social Áudio, Visual e Escrita, que uma autarca do
Partido Comunista Português pede a sua reforma do poleiro onde se encontra, no
intuito de se sentar num dos tais confortáveis cadeirões, daqueles a que venho
de me referir! E a pouca vergonha, continua.
Gostaria de vos citar muitos
outros casos do meu (e talvez do vosso) conhecimento, mas o meu frágil estômago
começa a sentir náuseas e não me quero arriscar de despejar sobre o meu ecrã a
comida que tão bem me soube, por causa de tanta gente sem escrúpulos.
Maldita raça. O meu estômago, não
suporta gente dessa JAEZ. Fico doente!
M. A. R. Da Silva
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